Já vou te pegar com uma curiosidade: sabia que Nápoles é cidade mais antiga da Europa? Pois é, pois é. Essa informação é bem importante quando se desembarca por lá, já que de primeira assusta – não posso mentir.
Mas em pouco tempo, a cidade do sul italiano vai ganhar seu coração, com seu caos um tanto charmoso, experiências únicas e uma história bem marcante. Bora conhecer o que fazer em Napoles.
Antes de tudo, Nápoles é perigosa?
Fala a verdade, vem à sua cabeça mafiosos e insegurança e toda aquela loucura atrelada, né? Relaxa. A cidade não é tão perigosa quanto pode parecer. Para se ter ideia, os indíces de violência de Nápoles são menores do que outras cidades mais cheias da grana como a capital Roma, Florença e as ricas Milão e Turim.
Logo, vá com seu coração aberto sem tanto medo. Mas claro, não dê sopa pro azar.
O que fazer em Nápoles, na Itália: 12 ideias
A listinha está tão deliciosamente recheada quanto a famosíssima pizza napoletana (ops, spoiler!).
▸Piazza del Plebiscito
▸Palácio Real de Nápoles
▸Castelo do Ovo
▸Castel Nuovo
▸Centro Histórico
▸Subterrâneo de Nápoles
▸Catacumba de São Genaro
▸Museu e Real Bosco di Capodimonte
▸Navegar até Capri
▸Ir a Pompeia
▸Subir o Vesúvio
▸Saborear a pizza napoletana
+ Quer explorar mais o país da Bota? Saiba o que fazer na Itália
Piazza del Plebiscito
Lugar mais que obrigatório para conhecer. Mantendo a tradição de outros municípios italianos, Nápoles tem sua (super) praça central, de 25 mil metros quadrados. Vários edifícios lindíssimos e importantes a rodeam, como basílica de San Francesco di Paola, Palácio Real, Palazzo Salerno e o Palazzo della Prefettura.
Palácio Real de Nápoles
Em italiano, Palazzo Reale di Napoli, foi uma das 4 residências do rei de Nápoles. Está localizado na Piazza del Plebiscito. O palácio está aberto à visitação de quem busca conhecer mais sobre a história da cidade e ver de pertinho o luxo de seus salões.
Castelo do Ovo
É o castelo mais antigo de Nápoles e localizado em um ilhéu, de Megáride. O nome é devido à lenda de que um ovo mágico, que manteria a construção de pé, escondido em seu interior.
Cercado por todos os lados por água, a vista é incrível.
Castel Nuovo
O outro castelo da cidade é o Nuovo. A edificação é de 1283 e funcionou primeiro como residência real e posteriormente assumiu uma função de fortaleza militar.
Os visitantes podem subir até o topo, de onde há uma vista maravilhosa do golfo de Nápoles logo à frente com o imponente Monte Vesuvio ao fundo.
Centro Histórico
Aquela bela andada pelo centro histórico de Nápoles (região do Quartieri Spagnoli) é programa obrigatório. Não há forma melhor de conhecer e entender a magia da cidade e de seu bravo povo.
Você vai passar por vielas estreitas, ruas de pedras, sacadas de prédios antiiigos e banquinhas de tudo quanto é produto com seus proprietários gesticulando para fechar mais uma venda.
Subterrâneo de Nápoles
40 metros abaixo das vívidas ruas do centro histórico napoletano, se faz uma viagem de 2.400 anos no tempo a um mundo (quase) inexplorado no subterrâneo. Tão fascinante quanto soa, o passeio da Napoli Sotterranea (pago) vai te impressionar – e gerar um monte de fotos incríveis.
Catacumba de São Genaro
Ainda embaixo da terra, há também a Catacumba de São Genaro, que fica bem próximo – para não dizer aos pés – do Capodimonte, onde se encontra o antigo palácio real e hoje museu homônimo. As ramificações da catacumba se extendem por mais de 5.000 metros quadrado, porém apenas uma parte é aberta ao público.
Museu e Real Bosco di Capodimonte
No alto de uma colina se encontra a próxima atração da nossa lista. Atração essa que conta com salões de elegância ímpar, pinturas e esculturas que a gente só vê em livros de história e um jardim embelezado por palmeiras enormes.
E como cereja desse bolo incrível, uma bela vista da cidade.
Navegar até Capri
Essa nome é zero estranho, né? Ao contrário, tenho certeza que logo vem a sua cabeça algo de sofisticação e beleza. Você tem razão, vai por mim.
A pequena e querídinha ilha do golfo de Nápoles fica a apenas 40 km da costa. É rodeada por um mar bem azul e paredões rochosos que compõem como nunca a paisagem de tirar o fôlego.
Ir a Pompeia
No ano 79 D.C. o senhor magnânimo da região, o Monte Vesúvio, entra em erupção, demonstrando toda sua fúria e lançando a quilômetros de altura milhões ou bilhões de metros cúbicos de cinzas, que vieram a literalmente sepultar completamente a cidade de Pompeia. Somente em 1748, ou 1.600 anos depois, quis o destino que fosse reencontrada por um acaso.
O mesmo que a soterrou, junto a muitos de seus habitantes, também conversou e a transformou em um grande museu a céu aberto que retrata fielmente como era a vida nos tempos da (grande) Roma Antiga. Cerca de 2.500.000 pessoas a visitam todos os anos.
Vai por mim, só pegue o trem e conheça essa maravilha! Prepare-se para um dia inteiro de visitação.
Subir o Vesúvio
Somente no verão europeu, junho a setembro, se é possível subir o Vesúvio – que, para sua e minha surpresa, continua ativo. A trilha até a cratera não é longa, aproximadamente 800 metros, desde a entrada do parque, porém composta de trechos escorregadios, com pedras e inclinação.
Ah, ele está a 1280 metros do nível do mar.
Saborear a pizza napoletana
Por favor, né? Ir a Nápoles e não comer uma orginal pizza napoletana é o mesmo que ir ao Rio e não conhecer o Cristo, ir a Nova Iorque e não caminhar pelo Central Park ou ir a Paris e não tirar uma foto da Torre Eiffel. Em outras palavras, simplesmente não faz o menor sentido, é o mesmo de não ter ido.
Uma pizza só pode ser chamada assim quando se é feita em Nápoles seguindo uma série de “regras”, que incluem ingredientes que crescem na região. Logo, é uma experiência literalmente única.
Onde comer pizza napoletana?
Olha, para mim a melhor forma de descobrir essas coisas sobre onde comer isso ou aquilo é perguntando a um local – recepcionista do hostel, atendente de alguma loja na rua ou o caixa da farmácia. Gente como a gente sabe onde se come realmente bem, como um local, e não se gasta horrores.
Para se delicionar com uma verdadeira e delíciosa pizza napoletana tenho 2 sugestões:
1. Il Figlio del Presidente: muito bem recomendado por uma pessoa que trabalhava no hostel onde me hospedei. A pizza é realmente muito boa e com preço bastante justo. Ah, não se assuste, a pizza é realmente grande.
2. Cantina del Gallo: andando pelo centro histórico cidade, a fome bateu e, naqueles lances do destino, havia essa simpática pizzaria pertinho e lá entrei, com um amigo. Massa fininha e molho de tomate delicioso. E como combo, sem querer reforçar estereótipos, presenciei uma cena mais napoletana impossível: o dono gritando ao telefone em italiano [ 📽 video aqui ].
Relato: minha experiência com essa senhora chamada Nápoles
Assim que saio pela porta da estação de trem, após algumas horas viajando confortavelmente desde Roma, o primeiro sentimento que tomou conta de mim foi de susto. Literalmente. Para ser ainda mais detalhista, susto misturado com receio com pitadas de um “pelo amor de Deus onde vim parar? Vou voltar pra Roma”.
Exagero? Adianto que nada ajudou chegar de noite. Havia na mesma quantidade lixo acumulado na rua e scooters acelerando por uma rua de “paralelepípedo” intensamente. Se atravessar a rua, até a praça em frente, ilustrasse um filme, Tom Cruise estaria cansado ao meu lado. Foram minutos até conseguir concluir essa missão.
Porém, assim como a noite chega, se vai e um novo dia começa, cheio de luz e vida. E com ele, o ânimo de explorar ao redor, dar uma chance à mesma Nápoles que me amendtrontou horas antes. Afinal já estava ali mesmo. E por 3 dias e 3 noites, me mantive firme a este propósito e, aos poucos, com o coração cada vez mais aberto.
Ao mesmo tempo em que o caos parece tomar conta dos olhos, devido, mais uma vez, ao trânsito insano e as peculiares ruelas de casas que se amontoam umas nas outras, a beleza do golfo de Nápoles com o Vesúvio logo ali atrás, em sua imponência elegante, ficam à espera (de olhos curiosos e mentes sedentas por novas experiências).
Entenda, Nápoles é um senhora de avançada idade, a anciã européia, que viveu muita coisa e que leva em seu rosto as marcas do tempo bem como das incontáveis dificuldades enfrentadas. Mas, veja bem, isso trouxe à tona um traço ainda mais marcante, o característico espiríto (forte) napolitano – que tanto orgulha sua gente!
Eu o pude constatar quando interagi pela primeiríssima vez com o recepcionista do hostel onde me hospedei. Passamos da clássica boas vindas ao viajante, junto com o pedido do passaporte, à minha pergunta de simples confirmação simpática de que o mesmo era italiano, após comentar que havia nascido na cidade. Logo fecho minha boca, ouço uma negativa seguida de correção: “não, não. Sou napolitano”.
Ao fim da viagem entendi que Nápoles se trata de luz. É luz. Ela até causa certo temor na penumbra. Mas com a luz certa, sua beleza é realçada, a essência dessa senhora de espírito forte aflorada e só o que fica no peito é “que bom que eu a conheci”.
Qual a melhor forma de viajar pela Itália?
Eu, ao longo de 20 dias pelo país, me locomovi muito bem só pegando trem. Mas às vezes surgem promoções de passagem de avião que valem a pena, principalmente para distâncias maiores.
Qual moeda devo levar à Itália?
Direto e reto, Euros. Caso tenha dólares, não tem problema. Lá na Itália você os troca pela moeda européia.
Aplicativos para baixar antes de ir pra Itália
Além do clássico Google Maps, preparei uma lista de aplicativos que você deve ter em seu celular, que vão te ajudar a pegar transporte público em cada cidade a opções baratíssimas para ir a outros lugares e até países, por exemplo.
Não deixe mesmo de dar aquela olhada no link acima. 😉